sábado, 19 de dezembro de 2009

Malhando!!!


Hoje em dia não me preocupo mais com as mesmas coisas...a idade, opa experiência nos traz outras preocupações.


Aos 20 era bem mais magra com tudo em cima, em cima mesmo! Mas a minha imaturidade aliada à minha insegurança não permitiam que eu me sentisse assim..


Naquela época queria ser a gostosona, com bunda grande, com peito grande, queria ser como aquela coxuda que todo mundo admirava...e eu na verdade era um mignon


Hoje já tenho saudades daquele corpinho...bunda não tão grande, peitos pequenos, mas no lugar, sem falar na barriga que agora sim é que eu sei o que é ter que perder uma barriga e tentar se livrar de uma pochete (gordura circular ao redor do abdomem) depois dos 30!


Mas sabe que hoje ir pra academia é mais divertido! Apesar de demorar bem mais pra perder alguns quilinhos, me sinto bem mais segura...quando vejo as menininhas de 20 todas encabuladas e inseguras como eu era na época, dá vontade de dizer : Menina, aproveita !


Mas olha que engraçado, os homens na academia continuam os mesmos, levantando super pesos e fazendo caretas na frente do espelho..e se você for fazer academia e tiver só meninos, tomara que não esteja muito calor, porque eles transpiram com vontade! E adoram exalar cheiro de macho pelo ar...Algumas mulheres adoram!!! Eu dispenso!


Aos trinta posso dizer que aproveito bem mais, malho com consiência, faço os exercícios certinho, converso com o pessoal, com o professor, acho que sou bem mais EU! E isso meninas, não tem preço!

Por: Maria Lucia Juk

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Balanço do Ano


Há alguns anos que eu preparo uma lista de objetivos pessoais para o novo ano que chega, antes eram 10 itens, hoje depois de alguns anos de experiência eu me comprometo com cinco. Montar essa lista não é fácil, tem todo um ritual por trás, estou sempre acompanhada de minha grande amiga que também monta a dela, sentada à noite no bar do Alemão, primeiro conversamos, bebemos, rimos e só então começamos a nova lista, não antes de dar uma olhada em como ficou a lista do ano anterior.

Ontem peguei a lista que fiz ano passado e estava guardada em uma pasta do escritório, junto com meus documentos profissionais, tive um desempenho não muito bom, dos cinco objetivos alcancei alguns, falhei em outros, fiz parte de mais outros e dai pensei, e as coisas que fiz e não estavam previstas, aquelas que pintaram e eu agarrei? Comecei então a fazer este novo balanço.

Neste ano, conheci quatro cidades diferentes a passeio, fiz inveja aos orientais que indicam que conheçamos pelo menos uma por ano, fui promovida, ganhei aumento, assisti ao Cirque Du Soleil, mudei para casa reformada, troquei meu jogo de quarto, voltei para o inglês, fiz 32... ainda estou em dúvida se devo comemorar isso, acabei o ano com 4 kg a menos, comi menos pão e mais cereal, me exercitei mais do que dormi... na verdade não fiz os cálculos, mas gosto de acreditar que sim, tive mais de um relacionamentos... que duraram menos do que gostaria, mas me renderam uma situção muito engraçada no bando de sangue, tentei um novo empreendimento que não foi viável, mas estudei-o a fundo, escrevi muito mais crônicas para o blog, tirei 30 dias de férias, assisti a 08 peças de teatro do festival de Curitiba.

Além disso, fiz parte da vida dos meus amigos, foram 02 casamentos, 03 bebes que nasceram, 01 gravidez, 01 formatura, vários aniversários, uma infinidade de festas, churrascos, jantares, baladas, teatros, cinemas e happys, conheci pessoas, fiz novos amigos, cuidei com afinco dos antigos.

Depois de tudo isso olhei para trás e fiquei feliz, porque descobri que em 2009 eu vivi muito, sorri demais, amadureci e cresci claro que passei por coisas desagradáveis também, mas o saldo com certeza ficou positivo. Portanto, que venha 2010 e que cada um de vocês possa olhar para trás e chegar ao mesmo saldo positivo que eu cheguei.

Feliz 2010, Feliz todos os dias e bem dita nossa listinha de cada ano.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Evolução da linguagem


A língua portuguesa é uma das línguas mais difíceis de se aprender, é tanto verbo irregular, uma infinidade de tempos verbais que até eu depois de estudar a vida inteira cometo meus deslizes ainda mais quando se aprende outra língua, demorei para entender que “ão” era futuro e “am” era passado, até aprender espanhol onde “am” é futuro e “ao” é passado feita a confusão agora ou erro em português e em espanhol porque confundo os dois, e o francês onde os números são um cálculo matemático 70 não é “setenta” e sim soaxante dix 60+10 fácil 80 não é “oitenta” é catre vinght 4x20 achou difícil? Imagine 17969!
Mas a linguagem do amor não tem erro essa é simples, fácil e imutável. Será?
Vamos ver, no primário os meninos eram gatinhos, depois cresciam e viravam gatões e daí era só usar e abusar do diminutivo e do reino animal e tudo ficava perfeito: meu coelhinho, meu lindinho, meu amorzinho, eles normalmente odeiam os apelidos no diminutivo preferem os superlativos como gostosão, bonitão, grandão, mas acho que por odiar os apelidos que as mulheres criavam, e haja imaginação para criar tantos apelidos constrangedores, que eles começaram uma linguagem toda especial para o amor, e nós mulheres claro fomos atrás.
Para eles menina bonita, que era um broto, virou uma gostosa, se for grandona é uma potranca, não se namora mais, se fica, aliás não se fica, se pega, não se marca um encontro, se da um rolé, uma banda. Não se fica bem e feliz, se fica susse e tranqui ou de boa.
Mas só para sacanear de vez e seguir a moda do funk eles apelaram e inventaram:
Tamo nessas carnes, confesso que levei um tempo para processar que raio era isso e se era um elogio. A menina falou tamô e sorriu aí deduzi que era um elogio e ela até gostou. Olha, isso que é imaginação!!!

Por que não??!!


Aos 30 você aprende que assim como os homens as mulheres também podem fazer sexo só por prazer, e que é ótimo e perfeitamente normal, que não necessariamente você precisar estar apaixonada para ter uma noite inesquecível de amor, na verdade a expressão mais adequada seria “uma noite inesquecível de sexo”, mas as mulheres, mesmo as de trinta, ainda gostam de romancear, portanto vamos deixar “uma noite inesquecível de amor”.
Na verdade você não aprende, porque no fundo sempre soube. A diferença é que agora, aos 30, você pode assumir isso e ter uma camisinha na bolsa sem chocar ninguém, ou pelo menos sem chocar ninguém que tenha vivido neste mundo nos últimos 40 anos e não nas cavernas dos anos 20 e 30 e que tenha um mínimo de intelecto e nem um pingo de hipocrisia e preconceito machista.
Você aprende que aquele cara que você acha lindo, que não tem nada de sentimental que te atraia, sabe que ele provavelmente não vai te ligar no dia seguinte, muito menos te mandar flores, mas mesmo assim você tem um desejo por ele como se ele fosse o Brad Pitt sozinho com você em uma ilha deserta e você não está disposta a perder esta chance.
É verdade que o que os outros falam de você já não tem tanto peso, você já não sofre tanto, porque digam o que disserem você já sabe “Quem é você”, as neuras do que ele vai pensar, já não são tão presentes e se ele não ligar no dia seguinte você tem duas certezas: ele não era o cara e se ele não ligou é porque não ficou afim.
E na vida temos que aprender a sempre amar o próximo, então que venha próximoooooooooo!!!!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

As mulheres dentro de mim


Depois de alguns anos você percebe que não é uma única pessoa, existem dentro de mim uma infinidade de mulheres algumas eu amo, outras eu tolero, tem umas que convivo, mas a todas eu respeito, porque cada uma delas tem suas qualidades e defeitos.
Por exemplo, tem dentro de mim uma mulher menina, que lambe a tampa do iogurte, que faz xixi no box quando vai tomar banho, que quando vê um escorregador quer logo subir, que adora aulas de circo, que ama dar estrelinhas na areia da praia, que quando encontra a melhor amiga dá pulinhos e risinhos de alegria, essa não cresceu, bom com a minha estatura de 1,50m posso dizer que nenhuma delas cresceu, vamos trocar... Essa não amadureceu, continua a menina sapeca que sempre gostou de esportes que não se importa com o julgamento dos outros, Adoro ela!!!! Faz-me lembrar que apesar de tudo, do trabalho do estress, das contas para pagar, ela ainda pode aparecer dar um chacolhão e deixar a vida divertida.
Tem a outra: A intelectual, essa adora livros, nunca pode ficar em uma livraria sozinha com o cartão de crédito na mão que vira um desastre, gosta de cinema assiste quase todos os estilos, pesquisa na internet as peças de teatro em cartaz, discute política, economia e até fala da novela e das fofocas que viu na última revista, afinal o que vale é estar antenada, essa me faz bem, gosto quando ela aparece me faz crescer.
Tem uma que é uma desgraça quando pinta, na verdade acho que ela já nasceu na casa dos 30, com o metabolismo lento, com as gordurinhas localizadas, com a porcaria da labirintite, tudo isso graças à carga genética da família, essa só critica, acha que tenho que comer menos, malhar mais, cuidar do cabelo ruim, que também é herança da família, gastar menos, ela é um porre, me fez até comprar uma cinta modeladora horrível, ela só é tolerável porque me coloca limites, que são necessários, mas tem dias que quero dormir até ela ir embora.
A sentimental quando surge me desmorona, essa é muito complexa e extremamente profunda chora com os problemas do mundo, com a fome, a miséria, com o descaso das pessoas pelo semelhante, ela consegue passar horas olhando o mar e analisando se o rumo que tem dado na vida está certo ou não, a meta dela é o equilíbrio: sentimental, profissional, físico e intelectual, tudo que é muito é demais e tudo o que é pouco sempre falta no final, é no que ela acredita, ela é difícil de ser encontrada, precisa ser conquistada, só depois de muita intimidade ela costuma interagir.
Pra compensar a sentimental eu tenho dentro de mim a festeira, essa é engraçada, adora contar piadas, fala pelos contovelos, e quanto maior o nível de álcool ingerido por ela, sim ela bebe, mais assunto ela inventa, adora dançar, pular, rir ela é realmente um furacão "Katrina", ela surge sempre entre amigos e quanto mais íntimos eles forem, mas livre ela se sente para extravasar.
Para não assustar a todos acho bom parar por aqui, antes que resolvam transformar a mim e a mais um bilhão de mulheres que conheço em material de estudo da ciência, a intelectual iria adorar.

sábado, 10 de outubro de 2009

Deixarei...


Quando essa parte da vida acabar, quero deixar...
Deixar meus sorrisos para todos os amigos que partilharam comigo meus bons momentos, os churrascos, as formaturas, os casamentos, os porres, os micos que nos fizeram muito felizes.
Deixar todas as minhas fotos as impressas e virtuais, e olha que são muitas, para que sejam distribuídas entre os que nelas constam assim me sentirei sempre presente perto de alguém que fez parte da minha vida.
Deixar minha caixa secreta, do piu piu e frajola, aquela que guardo cartas recebidas pelo correio, cartões de natal, de aniversario, convites de casamento, uma castanhola espanhola, o jornal da gazeta de quando passei no vestibular, o cartão que recebi no meu primeiro buque de flores para que todos possam entrar no meu mundo pessoal aquele que até então nunca foi compartilhado.
Deixar meu book de fotos, feitos aos vinte e poucos anos, para que possam ver que na verdade não nasci com o cabelo que tenho hoje, e que sim, eu já tive cachos, mas felizmente inventaram e escova definitiva.
Deixar meus livros, esses me doeram deixar, deixarei todos eles, os que comprei, os que ganhei, cada uma de suas páginas já passaram pelas minhas mãos talvez consigam sentir um pouco de mim em cada uma delas, mas peço.... Não dobrem as páginas, usem os marcadores...ah os marcadores deixarei vários na gaveta do criado mundo, de madeira, de papel, de tecido, todos para serem usados e guardados.
Deixarei as palavras cruzadas, na mesma graveta dos marcadores, sempre tem pelo menos uma delas para uma emergência, uma noite de insônia ou mais provável para uma viagem inesperada.
As pílulas essas também estão lá, não ingiram as da embalagem prata, essas são para uso continuo, confesso que sempre as tomei descontinuamente, dia sim outro quem sabe, mas bem pelo menos sempre as tinha, as que têm os dias da semana, bem essas devem ser tomadas direitinho, sem erros, sem sustos, foi assim que cheguei até aqui.
Agora me dou conta de como essa gaveta é importante, lá tem livros de bolso, na maioria sobre as reflexões da vida, livros que cuidam da alma e dessa eu sempre procurei cuidar.
Deixarei os amigos sempre juntos para que um cuide do outro, jamais deixem só um recado no orkut desejando parabéns no aniversario, para amigos de verdade devemos ligar, sorrir e ouvir a voz sempre.
Deixarei para cada um, um pedaço de mim e levarei comigo um pedaço de cada um que fez parte da minha vida, porque a vida é assim ninguém vai embora sem levar nada e ninguém fica sem ter pelo menos alguma coisa para guardar.

domingo, 23 de agosto de 2009

Beleza de Mulher



Nem importa qual é o peso que a balança aponta, o importante é ser macio, ser gostoso de tocar, ter o formato ideal para se aconchegar no peito. O número do manequim deixa os homens confusos, para eles é difícil dizer se 42 é grande ou pequeno, o efeito visual é o que conta se tem simetria e fica harmônico é o que vale, quanto mede cada pedacinho em centímetros é uma matemática dispensável, feita só pelas mulheres.
As proporções ideais são as curvilíneas e femininas a magreza exagerada de passarelas na sua maioria só agrada aos estilistas de moda, na sua quase totalidade gays. A moda reta e sem forma só agride o corpo. Na há celulite que resista a feminidade, doçura e bom humor de uma mulher, a elegância e o encantamento desbancam qualquer barriga chapada e consegue efeitos mais poderosos que o viagra.
Além disso, a maquilagem nos ajuda a corrigir pequenas imperfeições e destacar nossos atrativos, as saias e vestidos nos ajudam a despertar pensamentos pecaminosos, tentar esconder o que temos de bom por ficarmos preocupadas com algumas imperfeições ou por marcas inevitáveis do tempo é o mesmo que guardar o tapete persa no sótão.
Somos lindas aos 20 e continuamos assim até os 40, 50, só temos que acreditar nisso, claro que aos 45 não devemos querer entrar na mesma roupa que usávamos aos 18 até porque a moda hoje já passou e se mesmo assim você conseguir, querida, você deve ter tido problemas de desenvolvimento pelas décadas.
O importante não é estar perfeita é ter equilíbrio, quando vai à festa de casamento da melhor amiga coma sem culpa, depois se recupere na esteira, mas jamais deixe de aceitar um convite com alguém para um bom jantar só para não engordar.
Algumas linhas no rosto, algumas marcas de parto no ventre, uns quilinhos a mais não te tiram a beleza, são marcas de guerra, testemunhas de que fizemos alguma coisa da vida e não ficamos sentadas na cama dentro do vidro de formol, e nem anos em spa´s estávamos por aí Vivendo.
Isso sim que é Beleza!

Um mundo chamado: FEMININO


Essa coisa de que as mulheres mudam com a idade não me agrada, na minha opinião a gente evolui.
Depois dos trinta, você já não faz drama se o cara quer ficar na frente da televisão assistindo a um jogo com 11 homens de cada lado disputando uma bola e às vezes em 90 minutos não conseguem colocar nenhuma dentro de um retângulo enorme que tem nas extremidades, o chamado GOL. Você simplesmente vai para o quarto ver a última edição da revista Boa Forma que traz uma matéria super interessante sobre como eliminar celulites ou ainda vai terminar o último capítulo do livro sobre as barbaridades do Afeganistão, ou resolve tirar o esmalte das unhas, já que amanhã vai ao salão trocar a cor, ou seja, você simplesmente vai cuidar do seu mundo de mulher.
Nessa fase você já aprendeu que sair para um programa com as amigas, para bater papo, comer, beber e rir é uma das nossas necessidades, ter um tempo só seu com as coisas que você gosta e te fazem bem só melhora sua alta estima.
Lembro que quando eu e uma amiga tínhamos nossos 18 anos achávamos a coisa mais chata e idiota do mundo, ver mulheres conversando em uma mesa, rindo a toa e pior ainda elas pareciam que estavam se divertindo, nosso programa era ir para um lugar cheio de gente, com cigarro por todos os lados, música alta, dançar a noite toda, voltar para a casa suada, com os cabelos desgrenhados em plena madrugada e com os pés acabados.
Hoje somos nós as mulheres malucas que se sentam à mesa e passamos horas batendo papo, comendo e bebendo, falando da vida, do trabalho, dos sonhos e o melhor de tudo, sempre nos divertindo e rindo muito e quando não fazemos isso, sentimos uma falta enorme, como se estivéssemos a 90 minutos na frente da TV esperando um gol que não sai.
Somos assim, temos necessidade de estar entre pessoas do mesmo sexo, necessidade de falarmos todas as mesmo tempo e ainda assim nos entendermos, de juntarmos um assunto no outro, de chorar e depois de cindo minutos já estar sorrindo de novo, de falar das vitrines em promoção de inverno pela cidade, falar de nossas mães essas mulheres que hoje tanto admiramos, falar da cantada que levamos e nem estávamos esperando, falar do corte de cabelo das novas técnicas das escovas progressivas, dos beijos bons que andamos trocando, dos micos que andamos pagamos e de tantos outros assuntos desse mundo feminino tão complexo.
Quanto mais tempo passa, mais queremos preservar este nosso mundo que é só nosso e que só nós mulheres conseguimos entender,
esse mundo que nós mulheres conhecemos e adoramos.

domingo, 26 de julho de 2009

Muito prazer eu sou imperfeita!!!


Desisti de ser perfeita, filha perfeita, amiga perfeita, namorada perfeita, profissional perfeita... já faz algum tempo que decidi ser somente uma mulher imperfeita!!
Faço tudo para manter um padrão ainda elevado, mas sem perfeição, trabalho todos os dias, ganho minha grana, faço dieta, vou para academia, ligo para os amigos, mando e-mails, viajo, namoro, vou ao cinema, compro roupas, faço as unhas toda semana, estudo, leio livros, separo o lixo, vou no ginecologista uma vez por ano, enfim sou uma mulher ocupada, mas não busco a perfeição.
Vou a cada um desses eventos de corpo e alma, mas as vezes não rendo tanto no trabalho, saio da dieta, tem dias que nem vou para academia, vejo alguns amigos menos do que gostaria, deixou alguns filmes que queria ver saírem de cartaz, não leio a quantidade de livros que gostaria, não estou sempre de bom humor com o namorado.
Mesmo assim me sinto feliz, não com a minha imperfeição, mas com a minha percepção de que apesar do mundo moderno cobrar que sejamos sempre super mãe, super esposa, super namorada, super profissional eu já não me cobro assim.
Não quero ser escrava da beleza que me exige um corpo esguio, um cabelo escovado, uma elegância diária, quero ser livre para ficar de pijama um domingo inteiro, com os cabelos amarrados e sem maquiagem.
Quero amigos de verdade que conheçam todos os meus defeitos e que mesmo assim ainda gostem de mim, um namorado que mesmo nos dias que não estou super bem humorada, engraçada, bonita, mesmo assim me beije e me abrace.
Quero poder usufruir a liberdade e a independência de uma mulher moderna, mas não quero ser escrava de nenhuma destas coisas. Por isso decidi quero mesmo é ser IMPERFEITA!!!!

Ser Mulher em qualquer idade




Ser mulher...este ser tão complexo que chora quando está feliz, que ri quando fica nervosa, que quando diz sim quer dizer não e que as vezes um não quer dizer sim..tenta só mais uma vez que eu digo sim.
Não é nada fácil entender uma mulher seja em qualquer idade, a diferença que é aos trinta você tem certeza que já se conhece, já sabe seus limites, sabe o que você faria ou deixaria de fazer, até que a vida vem e te mostra que você mesma não sabe de nada.
Que mulher aos 30 já não se pegou todo nervosa na véspera de sair com o cara que ela estava a tempos tendo uma relação assim só de amizade, mas que no fundo era só um pretexto para estar por perto.
Quem nunca ficou tão nervosa diante de uma situação inusitada que acabou falando ou fazendo o que não devia, porque você tão auto suficiente e conhecedora de si mesma, não sabia o que fazer.
Alguém aí nunca se arrependeu no outro dia por ter acabado nos braços de um cara que na verdade não estava nem afim só porque teve uma semana péssima no trabalho e ainda por cima ficou de TPM?
Pois é a única diferença é que aos 30 você sabe que não adianta se lamentar durante uma semana por acontecimentos passados, já que eles passaram e não tem mais como refazer, você se arrepende por no máximo um dia. Você já não faz mais as promessas de que nunca mais vou beber tanto, nunca mais vou ficar com aquele cara, ou nunca mais vou fazer isso, porque você já descobriu que nunca é muito tempo para qualquer coisa.
E você já aprendeu que não importa que idade você tenha, você sempre será uma mulher misteriosa até mesmo para você, não tem como prever tudo, como sempre saber o próximo passo, e esse é o grande barato da vida.
Como diz um amigo meu a única diferença entre os 20 e os 30 é que aos 30 você ganha mais, no resto tudo continua igual.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Na Rave aos 30


Essa semana fui na minha primeira rave. Festona definida assim em cima da hora só para os Vips já estava rolando uma história que talvez a festa acontecesse mas até na sexta na havia definição, parece que estavam sem lugar definido. Mas no fim da tarde de sexta foi definido horário e local.
Fiquei super animada, fazia tempo que estava querendo uma dessas, música alta, som rolando, todo mundo cantando e dançando junto. Resolvi me preparar, marquei salão para logo cedo, já que a festa começava meio dia, achei que era à hora de refazer minha escova definitiva, aquela que tem prazo de validade para acabar, sabia que todas as mulheres se preparariam e não quis fazer feio.
Cheguei ao salão com uma hora de atraso, já que acordar no sábado às sete da manhã definitivamente não é uma coisa que eu consiga fazer, mesmo assim fui disposta a enfrentar as três horas que me aguardavam.
Foi uma sessão total, coloca produto, seca produto, passa chapinha no produto e lava o produto, sei lá para que colocar tanto produto para tirar depois, mas bem estava pagando e caro, queria é mais que gastassem um monte de produto. Vamos de novo segunda sessão, coloca produto, põe uma luz para foto ativar o produto, espera o produto agir, passa uma escola com outro produto, testa os fios, opa, a cabeleireira parece satisfeita agora acho que vai, ela lava o produto pela última vez seca, passa a escova com outro produto e pronto, só ficar três dias com o cabelo sem lavar e pagar a conta na recepção, qualquer cabelo fica liso desse jeito depois de tanto tratamento de choque e eu levo meu na hora de assinar o cheque, mas bem estou pronta para a rave.
Encontro as amigas passamos no mercado compramos tudo que vamos precisar na rave, mesmo com um dia muito frio nossa animação não passa. Chegamos ao lugar depois de atravessamos a cidade, mas chegamos sem nos perder só lembrando-nos do mapa que recebemos no dia anterior.
Quando chegamos ainda está meio vazio, mas já tem gente que chegou bem no começo da festa que começou ao meio dia e promete não terminar antes da madrugada, tem muita comida, muito bate papo, a música toca, mais ainda não anima a galera, enquanto isso, vamos bebendo comendo as coisas que trouxemos e por aí vai, o frio começa a ficar cada vez mais forte, ligamos para uns amigos para dizer que a festa está boa, tem uns menores circulando em pequeno número e não nos atrapalham, na maioria a galera passa dos 25 anos, o lugar é pequeno, mas aconchegante, o banheiro é limpo e sem muita fila.
As nove a festa começa a bombar, limpam a pista, os copos ficam vazio cada vez mais rápido, mas sempre tem gente para repor, a galera se solta, canta junto, pula junto, todo mundo em sintonia, nem sentimos mais o frio, tudo o que importa é a alegria e o prazer de estar ali, tudo e todos combinam e assim chegamos à meia noite e aí nos entregamos a 12 horas comendo costela, coração, pão de alho, bebendo cerveja, vinho de pêssego, vodka com halls e nem lembro mais o que.
Depois de 12 horas seguidas termina nosso churrasco, opa nossa rave de 12 horas!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Minhas Unhas jabuticaba


Agora minhas unhas são motivos de atenção semanal, às vezes, claras às vezes, escuras, mas, sempre impecáveis, trabalho todo o dia olhando para elas no teclado e agora mesmo.... lá estão elas em vermelho jabuticaba, todas pomposas olhando para mim.
Antes elas não eram motivos de tanta atenção nem para mim nem para os outros, claro que minha barriga sarada e o corpo esguio se encarregavam de toda a atenção, a lei da gravidade só existia na física, era somente mais um tema chato para se estudar para a prova, praticamente um mito.
Toda minha atenção era voltada para as guloseimas que eu podia engolir e depois queimavam como em um passe de mágica, as blusas eram sempre encurtadas, para altura da cintura, ou acima dela, pena os piercings não existirem naquela época, com certeza teria usado um, ou vários.
Pelo menos, para nosso consolo, a maturidade nos faz mais inteligentes “destaque o que é belo e disfarce o que....já não é tão belo assim”, adorei a nova moda de blusinhas estilo batinhas, ficam bem em mim, até com a minha cinta horrenda que acabei comprando na empolgação para tentar fazer com que a flacidez abdominal se fosse, permanece lá, em segredo. Muito melhor que as calças de cós alto, mais horrendas que minha cinta que hoje com certeza marcariam exageradamente a nossa saliência abdominal.
Agora posso colocar um anel bem grande destacando as unhas vermelho jabuticaba e uma batinha preta e pronto já sou uma nova mulher de 30, mas que passa tranquilamente aos olhos dos outros por uma gatinha de 29,5.

domingo, 24 de maio de 2009

Marcas da idade


Quem pensa que as marcas da idade se vêem somente nas marcas físicas não conhece o mundo de hoje, acho impressionante a mudança de atitudes que o tempo causa em nós.
Primeira coisa nenhum adolescente sai no meio de um filme super empolgante para ir ao banheiro aos 19 anos mesmo que tenha tomado 1 litro de coca cola antes do filme, mas cuidado se você levanta para ir ao banheiro no meio da cena mais empolgante do filme depois de ter tomado um copo de 300 ml porque não consegue mais se concentrar na leitura, é sua idosa bexiga avisando que já não é mais nenhuma garotinha.
E se a primeira pose que te vem à cabeça quando alguém aponta uma máquina fotográfica na sua direção é ajeitar os braços e sorrir, alô!!! com certeza você já passou dos 23 anos a pose agora é dois dedinho como no símbolo da paz, postados da altura das bochechas num ângulo de 90º e um biquinho projetando os lábios para frente, para que seus lábios fiquem mais sexy, no estilo Angelina Jolie.
Suas preocupações já passaram por inúmeras fases:
1ª fase: Entre os 8 e 12 anos, você ligava para as amigas para saber que roupa elas iam ao colégio no dia seguinte para irem no mesmo estilo.
2ª fase: Entre os 13 e 15 anos, a preocupação era escrever no seu diário o nome de cada nova paixão, claro que um dos motivos era para não esquecer nenhuma, já que a paixão era uma coisa que ia e vinha em uma velocidade impressionante,
3ª fase: entre os 16 e 18 anos, a fase do eu me odeio, odeio o meu cabelo, meu olho é grande de mais, minha boca é grande demais, eu sou pequena demais, meus seios também são grandes demais. Naquela época ninguém colocava silicone.
4ª fase: entre os 19 e 23 anos, agora as coisas começam a ficar mais sérias vem à época do vestibular escolher uma profissão, os primeiros namoros mais sérios.
Ficou deslocado? Claro que estou falando dos jovens desta idade nos anos 90 hoje em dias os namoros mais sérios já vem, para os mais lentos, na segunda fase.
Nesta fase surgem as dúvidas sexuais, fazer ou não sexo com esse ou aquele cara, seu eu der para ele na primeira noite ele vai me achar fácil, e se não der vai achar que estou fazendo doce, se eu fizer tudo o que tenho vontade ele pode achar que eu sei coisa demais e achar que já tive muitas experiências, se não fizer ele pode não me achar interessante ou muito inexperiente. Que fase difícil esta e ainda para piorar você continua odiando seu cabelo.
5ª fase: entre os 24 e 27 anos: fase meio sem grandes marcas você sai da faculdade para o mercado de trabalho, já deu para alguns carinhas, continua odiando seu cabelo.
6ª fase: entre os 28 e 35 anos: você já tem uma profissão, não se importa mais como suas colegas vão se vestir tem seu próprio estilo. Já não anota mais os nomes das paixões no diário, porque já não se apaixona tanto assim, mas também se esquece de alguns nomes, mas isso agora é proposital. Seus olhos grandes ficam mais lindo ainda com um rímel extra volume e um lápis de olho, sua boca fica ótima com um batom vinho à noite, delicados com um gloss e discretos com um batom cor de boca, o salto 10, 12 ou 15 cm te dão exatamente a altura que você precisa a cada ocasião, seus seios grandes hoje estão na moda e as mulheres mantêm as clínicas sempre lotadas para comprar um par novo. Você já tem uma profissão, às vezes várias, administradora, mãe, esposa, mulher, psicóloga, terapeuta tudo em uma mulher só. Os namoros sérios existem, mas agora são opcionais e não mais por pressão da sociedade ou da família, e você descobre as coisas boas e ruins de estar comprometida ou não, aprende a gostar da própria companhia e aproveitar a companhia de outra pessoa. As dúvidas sexuais continuam existindo mas agora são outras, eu falo tudo o que quero ou espero para ver se ele me conhece bem, mostro tudo o quero nos primeiros 15 minutos ou espero até os 18 minutos. E se ele achar que já tive muitas experiências ou que sei coisas demais, bem aí você reza para ele não ligar nunca mais porque não espera ter um cara assim com você de novo.
Mas claro que nem tudo são flores, as marcas físicas também aparecem. Não se pode ter tudo, você começa a comer gelatina para melhorar o colágeno da pele, usa filtro solar mesmo no inverno para retardar as rugas, bebe coca cola, mas da uma passadinha no banheiro, antes da sessão do cinema começar e agora a melhor das revelações você tem certeza que não é você que odeia o seu cabelo, mas sim ele que odeia você!!!

domingo, 19 de abril de 2009

Indignação


Hoje pela segunda vez em 2 dias fui parar na emergência de um hospital, problemas com cálculo renal, nada muito grave, somente uma dor insuportável, e mesmo com essa dor tão forte não puder não notar e me indignar com o caos da saúde pública.
Claro que este tema não é novo, mas mesmo assim ainda me causa indignação. Minha primeira experiência as 04:00 am de sábado foi em um grande hospital de Curitiba, cheguei de táxi e parei na recepção, esta estava lotada, com um tiozinho de óculos na mesa da frente, local simples, paredes brancas, piso paviflex, tudo normal, ele aponta para outra portaria dizendo que ali é o atendimento do SUS e no meu caso para o plano de saúde a portaria era outra.
Chego na nova portaria e já veja as diferenças, paredes coloridas, com um grande quadro pendurado, atendente uniformizada, agradeço sinceramente por poder estar nesta portaria, menos de 5 minutos depois já estou em um quarto, com medicação e soro na veia, com cobertor sobre o corpo, com minha amiga no quarto para passar o tempo, o médico é educado, fala baixo e é atencioso em duas horas que fiquei recebendo medicação ele vai me ver duas vezes, saio dali aliviada e sem dor.
Domingo 11:00 am novamente uma dor bem forte me atinge e sigo para a emergência mais próxima, o posto de saúde 24 horas, ali vou na emergência do SUS, o lugar está cheio. Chego na recepção tenho prioridade devido ao meu estado, passo pela enfermeira, espero mais um pouco e depois vou falar com o médico, 15 minutos depois sou medicada, desta vez apesar da dor não tem macas, nem quarto, fico sentada meio de lado, meio desajeitada, tentando enganar a dor, depois de meia hora de medicação, já sem muita dor, volto para ver o médico. Enquanto estou do lado de fora aguardando, vejo uma mãe que tenta acalmar o filho a criança chora sem parar e ela anda de uma lado para outro, uma atendente do posto sai batendo de porta em porta nos consultórios, olha para mãe e diz "nenhum deles atende criança" a mãe pergunta "e eu faço o que? estou aqui a 2 horas e ninguém atende meu filho" a atendente olha para ela e diz "vou ver com a coordenação".
A atendente se afasta e a criança não para de chorar, eu com meu atendimento prioritário (só demorou 15 minutos), meio sem graça pergunto? O que ele tem? e a mãe diz "não sei mas não pára de chorar e não tem pediatra no posto".
Ela se afasta atrás de alguém.... a porta de um consultório se abre e de lá sai uma criança e um adulto, a porta se fecha novamente, vou atrás da mãe da criança..."senhora saiu uma criança dali" a mãe mais que depressa no seu desespero que atendam, seu filho bate na porta, pede licença e entra, o filho continua chorando ....meu médico aparece, olha os exames e pergunta se estou melhor me entrega uma receita e eu saio.
Antes de sair olho para porta onde mãe entrou, não ouso nada, e fico pensando onde vai parar todo o imposto que eu pago para o SUS, faço os cálculos 1000% a mais do que eu pago no plano privado, dinheiro "meu" que não serviu para ajudar mãe e filho que a duas horas esperaram por atendimento, que não chegou para comprar macas para emergência, que não deu para pagar um único pediatra para emergência de domingo.
Cada político, cada autoridade deveria passar por um dia em uma emergência médica , olhar nos olhos das mães que embalam seus filhos chorosos pelo corredores dos hospitais e se perguntam onde está meu direito de cidadão!
Volta para casa sem dor, mas com a indignação a flor da pele.